O Livro das Previsões

por Jorge Furtado

O Giba lembrou estes dias que o tempo fez com que a famosa frase do Claudiomiro - "quero agradecer a Antártica as Bhramas que mandou lá para casa" - se transformasse de uma idiotice numa profecia. O mesmo aconteceu com a frase do Thomas Edson sobre o cinema: "É uma invenção extraordinária. Dentro de pouco tempo as crianças americanas não precisarão ler nenhum livro". Como o idiota de hoje pode ser o gênio de amanhã, registro aqui uma lista de previsões que ainda não se cumpriram, na expectativa que o futuro revele ao mundo o talento do senhor Rippingdale.

"Rembrandt não pode ser comparado, na pintura de retratos, ao nosso artista extraordinariamente talentoso, o senhor Rippingdale". John Hunt, crítico de arte do século XIX.

"Ele nunca aprendeu nada e não consegue fazer nada que preste". Johann Albrechtsberger, professor de música, a respeito de seu aluno Ludwig von Beethoven

"Tudo o que podia inventado já o foi." Charles H. Duell, diretor do Departamento de Patentes dos Estados Unidos, em 1899.

"Ainda faz sentido a alternativa de direita e esquerda?" Raymond Aron, em 1957.

"Não há mal nenhum em tocar guitarra, John, mas você nunca vai ganhar a vida com isso". Tia Mimi, ao seu sobrinho John Lennon.

"Não gostamos do som deles e a música com guitarras vai desaparecer." Editora Decca ao rejeitar contratar os Beatles em 1962.

"A teoria dos germes de Pasteur é uma ficção ridícula. Pierre Pachet, professor de fisiologia em Toulouse, 1872.

"O tal 'telefone' tem muitos problemas que têm que ser resolvidos antes de ter algum valor para nós." Memorando da Western Union, 1876

"Pouco importa o que faça, ele nunca chegará a ser alguém na vida". Professor de Albert Einstein, em bilhete ao pai do menino.

"Papel de parede é mais bem acabado". Louis Leroy, em artigo sobre a primeira exposição de Monet, 5 de abril de 1874.

"Ele já passou da idade de admissão e, com toda certeza, será medíocre" Francesco Basily, diretor do conservatório de Milão, indeferindo o pedido de ingresso de Giuseppe Verdi.

"Prezado amigo; eu posso ser mais tapado que a maioria, mas simplesmente não entendo por que alguém gaste trinta páginas falando das vezes que se vira na cama por não poder dormir". Editora Ollendorff, recusando a publicação de "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Proust.

"Esta invenção não tem o menor futuro". Loius Lumiére, sobre o cinema.

"Quem é que vai querer ouvir os atores a falar?" H.M. Warner, da Warner Brothers, 1927.

"Não sabe representar. Não sabe dançar. Ligeiramente careca. Dança um pouco". Comentário de um produtor de Hollywood sobre teste de Fred Astaire.

"Nenhum filme sobre a Guerra da Secessão jamais rendeu um níquel." Irving Thalberg, recusando o roteiro de "E o Vento Levou".

"Você é um rapaz inteligente. Por que não se dedica a algo útil? Você não é velho. Ainda poderia se tornar um negociante, um médico, ou talvez um advogado. Isso não seria melhor do que ficar se fazendo de bobo na frente de milhares de estranhos?" Leonard Dobbin, advogado, ao seu colega de infância Grouxo Marx.

"Ele gosta de cinema, trabalhou na produção do 'Joanna Francesa'. Anotem o que eu estou dizendo: o Collor vai dar um grande impulso no cinema nacional". Nei Sourlevich, dezembro de 1989.

"Existe um mercado mundial para talvez cinco computadores." Thomas Watson, administrador da IBM, 1943.

"No futuro, os computadores não deverão pesar mais de 1,5 toneladas" Revista Popular Mechanics, 1949.

"Mas afinal, para que serve isso?" Pesquisador da IBM em 1968 referindo-se ao microchip.

"Não existe nenhuma razão para querer um computador em casa." Ken Olson, presidente e fundador da Digital em 1977.

"640KB deve chegar para todos." Bill Gates, 1981.

"Neusa Canabarro seguramente será uma das mais votadas para a câmara federal". José Barrionuevo

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