EXTRATO DE E-MAILS RECEBIDOS

Miguel da Costa Franco

mig@portoweb.com.br

Divido com vocês manifestações que recebi no decorrer de novembro de 2002, em razão de ter publicado a CARTA ABERTA A NELSON SIROTSKY, na seção “NÃO AO VIVO”, (http://www.nao-til.com.br/nao-77/cartaabe.htm), porque se trata de um tema público e para confirmar que não estou só. Omiti o nome dos remetentes porque não foram consultados antes da publicação. Desculpem-me por não publicar as mensagens na íntegra, mas isso se fez necessário para não tornar o extrato longo demais. As curtinhas mantive inteiras, e só uma grande, também, por razões óbvias. Abraços a todos.


Quero te dizer que me emocionei com o conteúdo(...) gostaria de ter feito um texto 100% igual.


(...) não poderia deixar de corroborar as cáusticas críticas ao jornalismo faccioso e, porque não dizer, até leviano dos periódicos e da mídia televisiva do malsinado grupo RBS. É lamentável que sua terra dê guarida a esse tipo de jornalismo pasquiniano (sem qualquer referência aos editores e articulistas dos antigo e novo Pasquim, entre os quais destaco seu ilustre conterrâneo, o brilhante e lúcido Fausto Wolff) e de tão baixo comprometimento com a verdade. Também ressalvo a Rosane, baluarte da boa e saudável crônica política. A obra nefasta e facista do apequenado pensamento único anti-petista que se enraizou no seio desse grupo jornalístico (...) não pode perdurar impunemente. O ódio disseminado nas entrelinhas desse mau jornalismo com certeza não vingará nos corações e mentes da brava gente farroupilha. Você é uma das testemunhas da virada histórica que muito mais cedo do que se espera haverá de prevalecer. Não só aí nos pampas, como em todo o nosso Brasil (...)


Porra cara, o que eu vou te dizer!! Vc tirou o nó da garganta, a vontade de corrigir a injustiça a força, a gana de fazer a coisa acontecer por outros meios, a tristeza-alegria da vitória do LULA.(...)


(...) trabalhador há 21 anos da RBS, Rede de Baixos Salários, não podia deixar de dar os parabéns a vc pelo conteúdo da Carta Aberta. Foste feliz em todos os parágrafos (...) Lembras com muita lucidez o ódio em que a empresa usa em seus vários veiculos de comunicações para manipular as informações. (...) Para terminar eles não sabem o que significa ser PETISTA, temos erros, precisamos ouvir, mas sabemos e lutamos por justiça social, e no dia 27 a noite quando soube que perdemos peguei minha bandeira e fui para o largo da Epatur, não devia ter ido, vários companheiros e companheiras choravam, voltei para minha casa onde estavam minha companheira e minha filha de 17 anos que votou a primeira vez e para minha felicidade no PT,(elas não quiseram ir no largo)contei a elas o que tinha presenciado, minha filha me disse: Pai tu me ensinou a trabalhar na adversidade, sempre me disse que temos que saber perder para avaliarmos nossos erros, daqui a 4 anos nós ganhamos de novo, Companheiro, não preciso te dizer o que aconteceu, me derramei a chorar, a gente faz isso com paixão e o choro é uma mostra de nossa sensibilidade, diferente do nelson, que só pensa em dinheiro e em explorar os 79% dos trabalhadores da RBS (...)


(...) Aqui em S. Catarina infelizmente estamos também submetidos a este veículo de desinformação chamado RBS, porém por incrível que pareça, aqui o tiro saiu pela culatra, quando a eleição forjada pelas pesquisas e tida como certa do filhinho de papai Paulinho Bornhausen para o senado, não vingou. Como cidadão comum, enviei também um email à RBS, parabenizando-os pelas falcatruas para elegerem seu candidato preferencial e os meus pêsames ao povo gaúcho por serem vítimas das inverdades forjadas por esta Z.H. Solicitei resposta e estou esperando até hoje. (...)


Estamos contigo na luta pela ÉTICA NA COMUNICAÇÃO...


(...) Eu há muito "larguei" a ZH. Não dá. É muita manipulação. Tive inclusive mais de uma experiência pessoal a respeito disto e por isto agradeço-te por tê-la escrito. (...) Conclamas também pela "qualidade de informação", no que também concordo. Mas há mais um ponto a reclamar (muito embora o tenhas tocado na tua carta): a ética profissional de alguns jornalistas (espero que não seja maioria): há muito alguns trocaram a "verdade jornalística" pela "intriga ou fofoca jornalística", pois a segunda se lhes parece mais rentável profissionalmente. E não é só na RBS. Lamentável consequência da luta dos nossos "tempos modernos".


Você disse (...) tudo aquilo que eu desejaria dizer quando tomei a iniciativa de cancelar minha assinatura da zero hora, em minúsculo, para dar a dimensão exata do seu valor, gostaria de dividir contigo essa minha insatisfação (...)


Sou gaucho residente no Rio de Janeiro e gostaria de manifestar minha opinião a respeito da sua carta. Qualquer pessoa de boa índole e que seja honesto só pode achar lamentável tudo o que foi escrito. Com argumentos tão frágeis quanto o objetivo de um pseudo crítico com boas intenções a única coisa escancarada na sua "carta" é a dificuldade em aceitar uma derrota política com a do PT no RGS procurando encontrar culpados externos ao invés de procurar em sí mesmo. O fato de uma empresa ter errado e uma outra ter publicado não lhe dá o direito de colocar todo um processo sob suspeição, aliás direito é uma coisa que os petistas tem dificuldade em entender, vide os vários processos contra jornalistas gauchos tentando calar a imprensa que não diz amém a doutrina do partido. Poderia ficar aqui por horas fazendo colocações e os motivos pelos quais seu partido não reelegeu o sucessor (ainda bem para o Rio Grande), mas acho que o melhor é você refletir quando escreve para, quem sabe, ser menos fanático e mais realista.


(...) Ficamos orgulhosos e felizes pelo gesto. A briga é braba, ninguém duvida, mas o fato de ter reagido já é, em si, atitude que exige muito.


Apreciei tua carta aberta ao Nelson. Especialmente a parte que fala do ódio entre os petês e não petês. Não, nenhuma simpatia maior pelas cores partidárias envolvidas. Sou verde. Não elejo nem vereador. É que antevejo a possibilidade de uma confraternização entre as duas partes. (...) Sugiro que fumem.(...).


(...) Adorei. Falaste por mim também. Tem muita gente engasgada com estas coisas todas. Deu uma reação muito forte na gente todo este contexto macartista. Me enojou. Eu pensava que era impossível que, pelo menos por aqui, houvesse tanta involução, tanto preconceito. Sempre compartilhei da ojeriza aos preconceitos, inclusive dos que o PT lançava mão, qualquer um. Seja a nível pessoal, na política, no trabalho, qualquer coisa. Acho que não leva a nada, nunca. Só esconde as verdadeiras questões, que por mais difíceis de serem encaradas, enfrentadas, devem sê-lo. Liberdade de opinião sempre, pra dar e ouvir. Jamais sacanagem, chantagem, perseguição, exclusão. E de repente, os críticos do sectarismo do PT se revelam os mais sectários, excludentes, sacanas mesmo. Gente ruim, como tentava dizer o Veríssimo na semana passada, numa coluna muita louca - porque era só isto que ele tentava dizer, não tem jeito. Pobreza de espírito não dá. (...)


(...) Excelente exposição dos sentimentos de muitos de nós.


(...) A tua Carta Aberta ao Nelson foi como se alguém tomasse o coração de milhares de petistas para afagá-lo. Aqueles senhores da RBS são perversos. Mesquinhos.(...)


(...) Colocaste o que todos nós gostaríamos de expressar a alguém tão influente quanto este senhor. Ser petista pelo que entendo não depende da filiação ao partido, ou de carregar uma bandeira no período eleitoral, mas sim uma postura de vida coerente com as verdadeiras necessidades sociais e políticas, sou cidadã, sei o que me faz bem ou o que falta, vejo gente esmolando nas ruas, gente trabalhando duro, dentro dos ônibus vejo, cedo no dia, pessoas indo pra labuta diária. Eu mesma sei o que é isso, dia-a-dia, sem dinheiro pra nada além da passagem do dia, pra ir trabalhar. Por isso, não acreditei em políticas ou promessas, por isso a política sempre me envolveu tão pouco. Mas com o PT é diferente. Pela primeira vez eu acreditei, já fazem 12 anos, essa primeira vez. Olha eu defendo a coerência, e sei que houve furos administrativos durante a atuação do partido neste tempo, e pela "coerência" entendo que o PT perdeu para o próprio PT. Nós somos críticos de nós mesmos, graças a deus. Para pessoas como o Nelson, não há paixão, mas oportunidade, lucro ao invés de satisfação pessoal com a realização dos sonhos de alguém.(...)


Me senti aliviado pelo que escrevestes (...)


(...) Congratulo-me contigo pela correção da mensagem e me uno ao movimento em prol de uma imprensa livre, mas idônea e ética, o que não tem sido a marca da RBS.


(...) Foi tão brutal , tão grave , tão violenta , a ação desta "empresa" na definição das eleições que o nojo , desculpe tão dura palavra , a mim contagiou a ponto de não guardar as condições de por tão clara e abrangentemente a questão como fazes no teu artigo . Com a dureza e a gravidade que o tema exige.(...) Tenho hoje , em tuas palavras , o desagravo por tamanha injuria e brutalidade ao qual foi submetida toda uma comunidade.


(...)Que um dia tenhamos um jornalismo ético, independente e informador. Chega de sacanagem!(...)


(...) Penso que, somente com atitudes como a que tomaste, poderemos enfrentar o grande dragão predador do intelecto gaúcho, chamado RBS.(...)


(...) É uma "imprensa" lamentável o que essa família faz, né? Faço coro ao que um "bêbado" eufórico" com a vitória do Lula, gritava: "eu só quero a revisão das concessões dos meios de comunicação"(...) Estou te enviando para meio mundo!


Obrigado por terdes as palavras que me faltam para expressar o que sinto, e acho que a prova disso realmente teremos ao final de quatro anos pois agora todas as criticas estarão voltadas ao nosso querido Lula presidente de 64% dos brasileiros.


Irretorquível!!! (...) Esses caras parece q ñ conhecem a história ou se fazem de bobos.


Li a tua resposta ao "Caro Nelson" e, obviamente, ainda a achei muito branda , se comparada aos estragos que a RBS fez na mídia , na sociedade e, principalmente, em nós.(...) Quando li o artigo, pude ver como é importante a manutenção dessas posturas diferenciadas, das deles, que nós assumimos e mantemos.(...)


(...) Sem dúvida você falou por 47% do povo gaúcho que fica calado ou não tem espaço para expor suas idéias.


Saúdo tua iniciativa de polemizar com o tubarão da mídia sulbrasileira. Mesmo a igreja fundada em Cristo, o que promoveu "o dar a outra face" como um dos caminhos para o "reino", admite a "justa ira"... O ato de ler (os jornais ou a sociedade em que se vive) nos exige posição além da de reproduzir o mundo, que nos é suporte. E, para responder à indignação, à vilania, à exploração, terá esta posição que ser revolucionária (também dos modos, costumes e usos) (...)


(...) Minha solidariedade ao teu ato. Espero, com pouca esperança que ele pelo menos leia.


Li tua "Carta Aberta" ao Nelsinho Sirotski. Conclusão: Genial. Quer casar com minha filha???


O teu texto está, por assim dizer, "certeiro e mortal". (...) Tomara que o "Nelson" o leia e aprenda algo com ele, e não o olhe simplesmente com a visão raivosa que a direita mostrou que tem nesta última eleição.


(...) Soubestes expressar o sentimento de todos.


(...) Só queria te dizer isto: há já muitos anos que não assino ZH porque entendo que um assinante não pode ser ofendido pelo jornal que assina! E fico feliz, agora, em ver toda esta movimentação tomar corpo! Esperemos que algo aconteça finalmente, depois destes últimos episódios.(...)


Independentemente da simpatia por este ou aquele partido, fico feliz em saber que alguém se pronuncie abertamente contra a parcialidade das informações.


(...) Fiquei mesmo engasgado... com o desengasgo... (...)


(...) Precisamos saber que temos direito e dever de nos expressarmos, sem corrermos risco. (...) Espero que teu gesto guie milhões para darmos, cada vez mais, valia ao sentido democrático que está fervilhando na Brazuca Maravilhosa! E para que, os "poderosos da mídia" saibam que nem tudo passa batido aos nossos olhos.


Gostaria de parabenizá-lo, como jornalista e cidadão que execra o tipo de jornalismo pernicioso que esta empresa produz no Rio Grande do Sul (...).


A Carta (...) expressa o sentimento de cada um que percebe o que essa gente faz com as cabeças.


(...) Quase chorei. Só não chorei porque acho que precisamos dar o troco a essa prepotência e que o GRUPO RBS não merece minhas lágrimas...Mas acho que a indignação deve crescer.


Ufa !!!!!!! Disseste o que estava entalado na nossa garganta há muito tempo. Entendo do assunto. Sou jornalista e trabalhei por 17 anos na RBSTV . Por um salário de fome, dei minha modesta contribuição para a construção do "império" que, parece, vai sobreviver por mais quatro anos, nós sabemos bem porque.