Não Cartas (226-250)

(250) James Booze

ASSUNTO: RESISTÊNCIA FREAK

Data: 5 de fevereiro de 2000

Neste momento de extrema importância para a história da humanidade, nós, Testemunhas de John Lennon, aqui reunidos, em seu nome, convidamos todos vocês a partilharem conosco deste momento único de interatividade cósmica e transcendental e enfrentar todos aqueles que querem destruir nosso legado revolucionário de luz e fumaça. No despertar da enganosa nova era intergaláctica vossos receptores de ondas eletromagnéticas entrarão em conectividade com nossas ondas cerebrais e inabalável da resistência freak.

testemunhasdejohnlennon@yeayea.com

(249) Jorge Furtado

ASSUNTO: ME INCLUI FORA

Data: 4 de fevereiro de 2000

Em 1973 eu tive uma longa discussão com um colega de aula sobre as qualidades de dois ponteiros direitos, Valdomiro, do Inter, e Tarciso, do Grêmio. Eu, é claro, defendia o ponteiro do Grêmio e o cara defendia o do Inter. Não tenho dúvidas hoje de que ele estava certo, o Valdomiro foi um jogador muito mais importante que o Tarciso e isso já era facilmente demonstrável na época, mas meus argumentos pareciam ser tão mais contundentes que os dele que eu estava ganhando a discussão de longe. Sem mais ter o que dizer, acossado por uma chusma de adjetivos (perdoáveis num debate entre pessoas de 13 anos), meu colega sacou um argumento irrespondível:

- Até pode ser. Mas o Valdomiro joga muito melhor do que tu.

O raciocínio do Gustavo vai até onde a mão do homem jamais pôs os pés. Se eu digo que a privatização não resolve em nada os problemas do Brasil já que 99,93% do dinheiro arrecadado vai para o pagamento das dívidas - que não param de aumentar por causa dos juros - e ele responde que a Petrobrás matou o Paulo Francis e o Lula não trabalha, a conversa fica difícil. Me inclui fora desta.*

Jorge Furtado

* Segundo o livro "As 776 coisas mais estúpidas que já foram ditas" de Ross e Kathryn Petras, o produtor Samuel Goldwin é o autor do "me inclui fora" e também da frase "fui até onde a mão do homem jamais pôs os pés". Goldwyn era polonês e foi, com seu sócio Louis Mayer, um dos fundadores da indústria cinematográfica americana. Diz a lenda que mal sabia ler em inglês. Muitas outras frases atribuídas a ele e taxadas de idiotices são muito espertas: "Li parte do texto até o fim." "Tive uma ótima idéia esta manhã, mas não gostei dela." "Quando eu quiser sua opinião, eu lhe dou a minha." "O homem que consulta um psiquiatra deveria mandar examinar a cabeça".

jfurtado@portoweb.com.br

(248) Dante Sasso

ASSUNTO: OLHA SÓ

Data: 3 de fevereiro de 2000

primeiro foram as intermináveis exposições que o furtado fazia (e ainda faz!) quando o não ao vivo começou. aliás, essas exposições sociológicas eram e são extremamente interessantes, pena que são poucos os leitores do não que olham para o nome do autor e pensam, oba, é o jorge, mais polêmica! enfim. o fato é que eu, apesar de achá-las interessantes e necessárias, também as acho o maior saco. como diz a claragá, não tem que gostar, tem que entender. valeu aí, clara! mas sou um cara relapso, e isso não tem volta.

segundo que, entre os momentos do século passado (hahahahaha) em que não acessei o não e a edição do não 69 (permitam-me uma divagação - e eu não sei se isso já foi dito: o não 69 é uma imensa piada, e não é interna. bem, se o nasi me mandar um mail dizendo que também é uma imensa piada interna eu vou entender, mas o próprio nome já diz tudo: é um não 69, ou seja, é qualquer coisa que não seja um 69 e, portanto, que não seja sexo - apesar de ter caído para a baixaria boa e cômica como no caso do primo do galera - mas vejam que o que o gerbase escreveu foi algo sobre a censura do sexo, ou seja, ele encarnou bem o espírito do não 69 ao falar sobre algo que vai contra o sexo, ou a não representação do sexo - um não 69, enfim). onde eu estava mesmo? ah, sim. o fato é que durante esse tempo eu não sabia que tanta gente tinha se manifestado, e antes de ver o não fui ver as cartas, e elas me mostraram (as cartas não mentem jamais, vocês sabem) uma briguinha entre o vinicius professorzinho figueira (ei, acho que conheço esse cara...) e um músico durante duas ou três rodadas, será que essa gente não tem mais o que fazer a não ser ficar mostrando que leu tudo sobre a escola de francoforte, que sabe tudo sobre não sei quantos filósofos, sociólogos, estudiosos quaisquer que já devem ter se arrependido de ter escrito e pensado tudo aquilo que os pobres contemporâneos tomam como verdades absolutas? ou será que não agüentam a própria autocrítica e acham que os textos devem sair de qualquer jeito? o editor é o editor, ele escolhe as figurinhas, os links, as cores, as fotos e os textos que vão no não. pronto. querem publicar seus textos? montem um site, ou sei lá que verbo se utiliza pra isso. aliás, como fez o professorzinho. ou mandem os textos pro cardoso, que publica até os meus. claro, mediante uma modesta quantia em absinto ou haxixe para o staff. (hum, acho que agora o tal músico e o professor unir-se-ão em uma nova e improvável cruzada, desta vez contra a minha pessoa...)

depois eu comecei a ver umas outras bobagens, tipo o amooooor do nasi (ele casou há pouco, dá pra entender), mais umas propostas nada-a-ver da luka, de colocar um garoto que diz não (isso não dá audiência, menina, onde já se viu? esquece, esquece) e também uns recadinhos do marcelo benvenutti, de partir pra porrada, uma nostálgica lembrança do landau, uau, quem é um verdadeiro anarquista que nunca quis ter um landau, subvertendo assim toda, hã, teoria anarquista?, vocês são mesmo uns autofágicos. e ainda li os mails da veronese veríssimo, acho que ela começou muito ingênua e acabou muito fácil, ora bolas, tirou férias justo agora?, e mais ainda a ariela o-f-e-r-e-c-e-n-d-o-s-e pra posar nua pra vocês (ou pra nós?) e ninguém dando aquele trato na moça (no bom sentido, uma maquiagem, um banhinho), mais um tal luciolo que eu... bem, que eu não vou dizer quem é, mas que é um pseudônimo, isso é verdade, e depois a kundalini (ora, a deusa-serpente que engole o próprio rabo, seus ateus agnósticos comunistas!) do furtado e do fernandes sobre o que é certo & errado nas privatizações, roubos e cachês do nosso gigantesco patrimônio tropical.

bem, depois de tudo isso eu fiquei pensando, puxa, nunca mais começo pelas cartas.

e só de monotonia, ou de vontade mesmo, resolvi escrever esta aqui, que não diz nada. mas vocês vão ler até o fim, e isso pelo menos é legal, assim, sem pretensão nenhuma.

abraço, dante

"não sou nada. nunca serei nada. não posso querer ser nada. à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." (fernando pessoa)

Dante@cenex.com.br

(247) Eduardo Nasi

ASSUNTO : VEJAM SÓ QUE CURIOSO

Data: 2 de fevereiro de 2000

CURIOSIDADES DE ALMANAQUE :

1. As cartas que chegaram ao NÃO em fevereiro estão na seção de cartas de janeiro.

2. Duas ressurreições antes da Páscoa: o COL e o Furtado.

dudu999@hotmail.com

(NOTA DO EDITOR DAS NÃO-CARTAS: graças ao Giba, agora as cartas estão melhor organizadas, em lotes de 25, e a confusão está sanada. Também recomendo uma passada de olhos no índice das cartas, coisa que só o Giba poderia fazer. Não sei pra que que serve, mas certamente ele fez macros fantásticas para erguer esse monumento à inutilidade)

(246) Caio Jobim

ASSUNTO: POSTERIDADE

Data: 2 de fevereiro de 2000

CINE 8 ou NÃO? Vamos ver no cinema

nardi@orion.ufrgs.br

(245) Miguel

ASSUNTO: CARTAS

Data:1 de fevereiro de 2000

Na chamada das cartas faltou "mino carta". Era isso. Miguel

mig@portoweb.com.br

(244) Eduardo Freitag

ASSUNTO: DICA PARA LEITURA OFF-LINE

Data: 1 de fevereiro de 2000

Oi. Muito criativo o site de vocês parabéns. Só que é muito chato ler no computador e on-line não dá né, a conta telefônica vai na estratosfera. O que vocês poderiam fazer é compactar cada número e colocar à disposição dos leitores, usando um compcatador como o WinZip ou outro qualquer, então seria fácil fazer um download e ler em off-line. Bem mais prático que ir em cada página e salvar não acham? Se quiserem alguma ajuda com o compactador mail-me. Um abraço, Eduardo

efreitag@ez-poa.com.br

(243) Lucio Luciolo

ASSUNTO: BOLACHINHA RECHEADA

Data: 1 de fevereiro de 2000

Nunca comeram tostines de morango depois d'um trago? Pois façam isso. E copulem, pípols! Vcs estão precisando largar essa punheta intelectualóide de orelha de livro. E parem de se parafrasear e endeusar e enfiar um o dedo no cê-u do outro, plis!!! Chega! <- feito no cardosonline. stop. não dá mais. Love, lluciolo.

lluciolo@hotmail.com

(242) Leonardo Barbosa Rossato

ASSUNTO: UM CONTO E UMA POESIA FORA DE ORDEM

Data: 1 de fevereiro de 2000

Me chamo Leonardo Barbosa Rossato e tenho 17 anos. Sou leitor recente do CardosOnline, da Proa da Palavra e do Não. Curto muito o que vocês de Porto Alegre escrevem. Dei download nas antigas do Col e estou lendo desde a primeia e esta semana recebi a 127. E agora estou lendo as últimas do Não. Acho que até o final do ano termino. Então moro em Jundiaí-SP e estudo publicidade (curso profissionalizante e não facu) e como todo jovem idealista-anarquista percebi a grande manipulação que é a Publicidade. Vou começar este ano um jornal na minha escola chamado JorNáuseas muito interessante e até vou mandar uma cópia para os caras da Bundas. Então faço teatro amador num grupo aqui em Jundiaí: Mosaico Artes Cênicas e pretendo fazer cinema. Eu amo cinema. Realmente me interess por tudo q diz respeito a cinema. Como sempre o foda é a família... Bem, ok... Escrevi esta poesia num dia de fúria (o filme é loko) mas fala sobre como vejo o anarquismo para sociedade de uma maneira menos utópica. O que precisamos é primeiro ter uma Anarquia Mental... Bem, é isso aí. Já mandei este poema para um site sobre anarquia, poesia, contos e afins: Ágora, que é uma fanzine publicada no Rio. Eles gostaram e publicaram. Admito ser ingênua e tudo bem senão publicarem. E estou mandando um conto que acho muito interessante, como o título diz fala sobre amor e política. Acho que lembra os contos sobre o absurdo do dia-a-dia do Verissímo. Poderia ser melhor. Prometo manter contato e mandar poemas mais elaborados. Muito Obrigado. Leonardo.

guilhermina_barb@uol.com.br

(NOTA DO EDITOR DAS NÃO-CARTAS: os textos do Leonardo serão encaminhados ao próximo editor do NÃO)

(241) Gustavo Fernandes

ASSUNTO: SENHORAS E SENHORES, ELE ATACA OUTRA VEZ!

Data: 1 de fevereiro de 2000

Meu caro Jorge, já contava com mais esse reflexo-condicionado. E, infelizmente, constato que, apesar do talento inquestionável, você não passa de mais um tarado ideológico que não vê o óbvio: a Petrobrás existe para sugar o dinheiro público, para ganhar seus famosos lucros. Porque eu critico o Itamar e esses ideais ultrapassados, você acha que eu sou defensor ferrenho do FHC. Nada mais típico. Oposição, sempre nota 10, governo, nota 0. 5 a 5, nem pensar. Mas fique o brilhante escritor sabendo que o que mais me revolta na Petrossauro é saber que foi um absurdo processo movido por ela que redundou na morte do Paulo Francis. Não que eu concordasse com tudo o que ele dizia, mas ao menos tinha algo a dizer além de repetidas ladainhas de esquerda. Por favor, não responda este e-mail com outra cartilha, pois eu e os demais internautas que tiverem o infortúnio de ler suas(?) filosofias certamente temos mais o que fazer. No mais, espero que continue seu brilhante (o elogio não é irônico) trabalho e seja feliz com o que você acredita.

PS: já que você é tão íntimo da lenda chamada Lula, talvez pudesse informar aos leitores o que ele faz para ganhar a vida, uma vez que o último cargo remunerado que ocupou foi o de deputado federal, há dez anos. Será que o governo paralelo remunera seus componentes?

Gustavo Fernandes
jromero@intenetcom.com.br

(240) Jorge Furtado

ASSUNTO: 0,07%, AS DÍVIDAS SÃO ETERNAS

Data: 30 de janeiro de 2000

Não tenho ouvido rádio e não sei o Gustavo Fernandes foi o primeiro a aproveitar a tragédia do vazamento de óleo no Rio para sugerir a venda da Petrobrás. Estava demorando. Sempre que uma empresa pública revela incompetência aparece alguém rapidinho com uma placa de "vende-se". O negócio é vender, vender é o negócio, rapidinho e bem barato, nem que seja para outra empresa estatal, desde que de fora do país. Não se pode deixar que estes brasileiros tomem conta de um lugar tão maravilhoso como o Brasil. Olha só! Sujaram toda a praia!

O crime da Petrobrás no Rio deve ser punido. Os responsáveis pela não conservação e pela não fiscalização da refinaria devem ser punidos. Novos acidentes devem ser evitados, a empresa tem que investir mais em segurança. A Petrobrás é uma gigantesca empresa, uma das maiores e mais lucrativas do mundo, e seus dirigentes, por enquanto, devem obedecer as leis do país. Se não estão fazendo bem o seu serviço, podem ser trocados, junto com o seus chefes, a cada eleição. Se as leis são ruins, podemos mudar, no voto. Isso até que alguém nos convença que belos logotipos e modernas técnicas de gerenciamento empresarial são um bom substituto para a democracia.

Mas o Gustavo pode se encher de esperanças: FHC já prometeu ao FMI - por escrito - vender quase trinta bilhões de dólares em estatais, inclusive empresas estaduais e municipais que ele nem pode vender sem picotar a constituição. (Com a edição de uma medida provisória a cada oito horas, a constituição está atualmente sendo usada para forrar a gaiola tucana.) O Banespa já está embrulhado para presente. Vamos ver o que os gaúchos, que elegeram não vender o Banrisul, vão dizer quando o FMI exigir mais este dever de casa.

FHC também prometeu que o país teria superávit de 11 bilhões na balança comercial em 99. Como se sabe, o ano terminou com 2 bilhões de déficit, mas duvido que os banqueiros americanos que mandam no FMI se importem muito que o seu sub-gerente Brasil tenha pego recuperação nesta matéria. São eles que estão nos vendendo de tudo, são eles que estão comprando o país e - as maravilhas da economia - recebendo o dinheiro de volta.

Tem gente que diz que todo o dinheiro das privatizações vai para o pagamento da dívida. Não é verdade. Segundo cálculos do comentarista econômico Nelson Torreão, do Correio Braziliense, "99,93% de toda a receita das privatizações vai para o pagamento das dívidas". Não sei informar para onde vai 0,07% que sobra mas duvido que com eles dê para satisfazer os desejos do Gustavo de que, finalmente, evoluamos. Raimundo Pereira (revista Reportagem, n.5, dez. de 99) informa ainda que "a fogueira da dívida" é também o destino de "98,13% da receita com as concessões de serviços públicos".

O jogo do "Sub-gerente" funciona mais ou menos assim:

1. O FMI elege FHC prometendo - em público, no meio da campanha, só para ele e não para o Lula - um empréstimo de 41 bilhões de dólares. Com um pré-datado no bolso, FHC segura o real por 10 meses valendo um dólar.
2. Para fazer a mágica do "um real, um dólar" o governo torra, que coincidência, 40 bilhões de dólares de suas, digo, nossas reservas de dólares, que vão direto para os bancos.
3. Passado o desagradável mas lucrativo período das eleições, cada um pega as suas fichas, o real vai para as cucuias e os jogadores mudam de mesa no cassino. A criadagem lava os copos, varre as bitucas e procura emprego.

Na mesa da privatização a regra é diferente: você me deve, eu compro suas fichas bem baratinho e, com o dinheiro que eu lhe der, você me paga. Pena que, veja só, sua pedra caiu na casa dos juros e você fica me devendo mais do que devia antes. E agora não tem mais fichas para vender. Vá buscar cigarros e mais gelo. Esse jogo se chama "Otário". Alguém perdemos, não sei quem fomos.

Jorge Furtado
jfurtado@portoweb.com.br

(239) Daniel Peccini

ASSUNTO: GIF ANIMADA

Data: 28 de janeiro de 2000

Fiz uma GIF animada do NÃO. Olha ela aí! lero lero.

Daniel Peccini

floyd@joplin.ee.pucrs.br

(NOTA DO EDITOR DAS NÃO-CARTAS: gifs animadas deixariam a página de cartas muito pesada. A gif do Daniel está a disposição do próximo editor do NÃO. É só pedir. Obrigado, Daniel)

(238) José Olímpio

ASSUNTO: THE TURN OF THE SCREW

Data: 28 de janeiro de 2000

Nihiilistas Nazi-editorados. Esse NÃO 69 foi do piru (isso, com "i" mesmo!), né?... Nunca houve tantas cartas, tanto buxixo, tanta celeuma e tanta provocação!... Parabéns, Nazi; também por essa capacidade de editar o que dava caldo! E os links de retorno à home page estão pra lá de porretas! Parafraseando alguma camiseta maliciosa, tive o gostinho de dizer: "tô fora, tô dentro, tô fora, tô dentro..." (bem no clima!). Graças a essa seção epistolar-pistoleira (ui, que coisa fálica!). Ah, Ariela, senti firmeza, viu?! Se essa indiada quéra aí de POA medrar, pode me chamar que te faço quantos clicks tu quiseres; e sem tirar de dentro... (o filme, claro!)!!! Paz na Web, aos que ainda tem vontade (e desejo)! Té mais, na sublime esperança do NÃO 70!!! J. Olímpio (Read my lips: VIAGRA, don't make me get angry on you!)

jolimpio@mais.sul.com.br

(237) Gustavo Fernandes

ASSUNTO: MUDANDO DE ASSUNTO

Data: 28 de janeiro de 2000

Saindo desta polêmica inepta lançada por uma idéia mais infeliz do que propriamente instigante, gostaria de saber, como paulista, se no Rio Grande do Sul ainda vigora a ladainha do "Petróleo é Nosso", responsável pela criação dessa mancha negra na história brasileira, a Petrossauro. Será que ser Não é continuar endeusando essa empresa detrupadora do meio ambiente, bem como os populistas que a criaram, ou finalmente evoluiremos? Gustavo Fernandes

jromero@intenetcom.com.br

(236) Eduardo Nasi

ASSUNTO: A PAZ

Data: 27 de janeiro de 2000

a paz
invadiu os seus corações
a paz
viva a paz
viva o amooooooor
e era tudo que eu tinha a dizer pra vocês

dudu999@hotmail.com

(235) Roberto Tietzmann

ASSUNTO: CYBER TERRORISMO CONTRA OS EDITORES

Data: 27 de janeiro de 2000

Caros leitores e editores, toda essa polêmica pode ser resolvida de uma maneira: um hacker mais esperto (ou paciencioso, vá lá) clonar a edição inteira do NÃO e colocá-la em outro servidor, incluindo os textos que foram rejeitados. Equivale a xerocar a National Geographic para incluir as suas fotos, mas com uma diferença: o original é igual à cópia. Alguém se habilita? >:) Abraços, Roberto

rtietz@zaz.com.br

(234) Eduardo Nasi

ASSUNTO: CARTA DO DIA

Data: 26 de janeiro de 2000

Eu só quero saber quando é que a gente vai começar a discutir idéias de verdade aqui. Pô, tem um monte de coisa legal pra discutir no NÃO. Por exemplo: quem é a Luka? Será que é a filha de um de vocês? Outra: bela idéia a da Marília [sim, eu li até o fim. aliás, eu sempre li. Odeio explicar piadas, mas aquilo foi só uma ironia, ok?]. Gerbase está, doravante, encarregado da próxima festa do NÃO. E Garotos que Dizem NÃO. A Luka propôs. Eu sou contra. Estou na fase ANIMES QUE DIZEM NÃO. Algum mangazeiro por aí?

dudu999@hotmail.com

(233) Vinicius Figueira

ASSUNTO: IT'S ALL OVER NOW, I'M THROUGH WITH THIS SHIT

Data: 26 de janeiro de 2000

Polêmica é muito bom. Mas bom humor para desmanchá-la é melhor ainda. Assino o armistício. Vinicius Figueira

vinidfig@cultural.org.br

(232) Ariela Bê

ASSUNTO: TOLTCHOQUES NOS DRUGUES!

Data: 26 de janeiro de 2000

"Caraquilate virtude, em que rabaltos quedam as popopipocas?" (Alex, Laranja Mecânica)

O NÃO 69 foi o mais polêmico que já vi. Também, olha onde o Nasi se meteu: sexo! O NÃO 69 prova que o assunto é efervescente e jorram humores excitados cartas afora. É verdade: assim como ninguém entendeu Eyes Wide Shut e a ironia de Kubrick, aqui poucos captaram a ironia do editor. Máh não dá nada: um dia faremos um NÃO Puraputaria. Ou não. Daí, provando que o pessoal que usa ótchques e lê dois livros ou três por semana tem pouco tempo ou criatividade para trepar. Ou para fazer a coisa assim mais meu nêgo, mais minha putinha aiaiaii! e essas coisinhas de amor que o pessoal da periferia ouve toda noite no ouvido. Agora, gosminhas e teias à parte: é só me dizer onde e a hora para tirar a foto, que eu vô na hora. Ariela Boaventura, pró homens outubro/68.

mozarela@hotmail.com

(231) Lucio Luciolo

ASSUNTO: UMPF

Data: 25 de janeiro de 2000

Ora, ora, criaturas... Pq tanta chateação?? Quantas cartas egocentradas e discussões sem o menor pé. Me parece pretenderem enfrentar-se como leões famintos, enquando o discurso e a produção são dignos de gatinhos recém-prenhes. Uma pena... Era tão bom o estilo Gerbase e Furtado. O Sr. Arthur de Faria é um mocinho completamente embotado do próprio ego. Nasi, melhor nem comentar. Que gente chata! Quem sabe não trepam um pouquinho, despejem sêmen. Talvez resolva. Lucio Luciolo

lluciolo@hotmail.com

(230) José Olímpio

ASSUNTO: PAULÊMICA!!!

Data: 25 de janeiro de 2000

Editor Nazi, pós-linchamento. Consternado e simultaneamento abismado com tal repercussão de vossa performance, neste instigante NÃO 69, saltam-me às ventas a vossa réplica tão atenciosa e a pífia argumentação a mim sofregamente dirigida. Senão, vejamos (como diria Tomé, o cético Apóstolo):

1) O NÃO, por toda a sua vibrante vida cibernética - e, creio, até na sua pré-história na Web - publica TOOOOOOOODO TIPO DE TEXTO! Taí o Gerbase, que não me deixa partir...!

2) As gurias tão aí, sim... Quem foi que disse que não?... (Afrouxem o cinto, o Editor tomou maracujina...).

3) E quereis saber mais, seu Nazi?... Eu quero é ler o NÃO tooooooda semana; novinho em folha e cheirando à tinta! (Êita, tietaço de crachá e tudo, tchê!...) Preparai-vos, Editores humilhados!

4) Escrever sobre os MESMOS assuntos?... É o que a humanidade faz há uns poucos milhares de anos. Só se escreve, neste planeta escrevinhador, sobre os MESMOS 7 TRILHÕES de assuntos importantes para a raça humana.

Chega?..... O quê, quer + + + + + + +? Deixai quieto, como diria Ivanhoé ao escudeiro, após pregar-lhe um belo chute no escroto... Se der, eu volto. Se não der, aí é que eu volto meeeeeeesmo!!! Xau, moçada medonha!!!

jolimpio@mais.sul.com.br

(229) Eduardo Nasi

ASSUNTO: NÃO À PAZ

Data: 25 de janeiro de 2000

Vocês deviam é se cadastrar na FML (é fácil, basta mandar um e-mail pra fml2000-subscribe@onelist.com), que é a lista de discussões por e-mail que o Scoobie e o Foguinho e mais um Founder Fantasma coordenam. Na FML, várias pessoas não entendem ironias. Vocês iam ter muitos amigos e iam ser mais felizes do que enquanto renegados pelo NÃO 69. Eu já disse: o NÃO não traz fama nem dinheiro e -- mesmo quando fala de sexo -- não traz mulheres. Sim, o que estou dizendo é que a gente não tem mais liberdade nem pra ser irônico. Porque vocês não têm neurônios e não sabem ser perceber ironias. E amada Ana Bia Beatriz Werther (é, eu também acho que elas são a mesma pessoa): se eu sou freira, imagina os outros. E porque que tu não mandou aqueles cinco contos prometidos naquela longa noite no Ossip? hein? Por deus, tu não vai recalcar também, né, guria? Ahn... e eu não sou superoitista como a frase "E não me interessa se o Nasi é uma freira, se eu fazia super-8 como quem faz vídeo caseiro, ou se a pretensa edição 69 sexual do Não não é quente o suficiente para o teu gosto", escrita pelo Gerbase ali embaixo, pode insinuar pra esse bando de gente que mal sabe ler, ok? Outra coisa, Arturo Bandini Faria, meu caro, e demais debatedores do NÃO-SEXUAL: quem está atuando em Frankfurt é a terceira linhagem. Ou seja, o chato do Habermas, que, ao longo de sua longeva vida, escreveu apenas duas frases compreensíveis por qualquer pessoa que não seja completamente louca. Por hoje, deve ser só. Beijinhos na minha menina.

dudu999@hotmail.com

(228) Marília Veríssimo Veronese

ASSUNTO: AINDA AQUI

Data: 25 de janeiro de 2000

A carroça do meu carro estragou e só irei pra praia quinta-feira...isso dá tempo pra mais uma ou duas cartas. Como não tenho lépi-tópi, pensei: "Ïhh, vão me mandar desaforos e não poderei responder". Mas, devo admitir, que o que li hoje de manhã nesta seção - a carta do Arthur - me lavou a alma! Ufa! Que alívio. Deliciosa. Mas engraçado é as diferenças do que cada um considera ofensivo...Se dissermos desaforos, procuremos que sejam educados. Ou construtivos. Ou comuniquem algo que preste. Ou sirvam pra fazer a ponte entre duas almas que não tão se entendendo. Bom, mas só então aprofundando a questão ontológica/epistemológica que o Gerbase falou: publica tudo, ou seleciona? Ué, na medida do possível, publica mesmo. Ser criterioso com o que? Que critérios de qualidade são esses? Se o/a cara tem algo a dizer, assim como interessa e ele/a (que se interessou em mandar pro NÃO - portanto é leitor/a do NÃO) pode interessar também a outros leitores do NÃO - puxa, que frase meio confusa essa também, mas deu pra entender (como o Nasi nunca lê meus mails além da primeira linha, não preciso me preocupar com uma resposta indignada que chegue depois de quinta-feira). Claro, um critério mínimo, não vão publicar se alguém resolver mandar batatinhaquandonasce em tupi-guarani ou coisa que o valha. E continuo dizendo: o que é um texto lixo pra um/a, pode ser bom pro outro/a. Ontem vi no roda-viva um ambientalista que trabalha há uma vida nesse lance, é líder de uma ONG que faz um relatório ambiental mundial utilizado por governos do mundo todo, embora seja semi-oficial...pô, o cara falando coisas simples como questionar o estilo de vida da gente: pega o carro, vai pra academia, pedala meia hora na bicicleta, pega o carro, vai pro trabalho. Ele propunha redesenhos dos sistemas, como pegar a bicicleta e ir pro trabalho... Claro que esse exemplo parece simplório (embora não seja) num sistema todo feito pra automóveis, mas redesenhos em larga escala dos suportes econômicos e ambientais que valiam a pena ouvir...pra uns, que chatice! Pra outros, que à fudê! E aí? Bom, derepente no NAO o editor/a decide mesmo e foda-se! Mas alguns (textos, ambientalistas, comunistas, editores etc....) são mesmo chatos, outros são docaralho e arrasam. E generalizar de qualquer jeito é meio arriscado: tem gente que trabalha por uma(s) causa(s) legais, e vão no ralo dos idiotas com generalizações impróprias. Assim como alguns que evitam todo e qualquer posicionamento, rótulos, e/ou outras coisas dessas, podem ser pessoas interessantes ou chatas e escrever coisas boas ou ruins. Pra mim, porque para eles serão sempre boas! E assim vai...por isso acho que tem que publicar com critérios flexíveis e mínimos. Ah, outra coisa. Só uma sugestão e uma pergunta: Já teve alguma festa do NÃO? Que que vocês acham de em março fazer um puta festão do NÃO? VOcês podiam cobrar ingresso dos manés que fossem e fazer um caixinha. Mas não seria temática, seria totalmente livre. Obrigatório, só o uso de crachás de identificação, pra gente poder procurar (ou fugir correndo) as figuras!!!!!!

mveronese@cpovo.net

(227) Marcelo Benvenutti

ASSUNTO: LANDAU

Data: 25 de janeiro de 2000

Que legal! Todo esse pessoal elegantemente se xingando. Pô, pessoas! Levando tudo pro lado pessoal. E quantas vezes vou repetir a palavra "pessoas"? Bom, é só pra ver se estão publicando todas as cartas. Se não publicarem, tanto faz. Pô, os caras fazem disputa pra ver quem tem mais espaço? Tá, tá bom, sou apenas um cara cheio de codinomes que fico importunando meio mundo. Azar de vocês! Não tenho nada melhor pra fazer nas horas vagas. E horas vagas são essas mesmo: duas horas da madrugada. Na verdade nem queria escrever nada mesmo. Ou sim. Dizer que CHEGA desse papo todo de intriguinhas pessoais. De picuinhas fajutas. Ou então que seja pra valer: PARTAM PRA PORRADA VIRTUAL! PÚBLICA! Coisa mais politicamente correta essa discussão. E nunca me disseram que pra ter um carro importado tem que ser socialista (seilá pra quem é essa frase...). Mas os piores burgueses são os comunistas, já dizia eu mesmo. Eu não recrimino ninguém. Só queria ter o meu Landau. Pra torrar gasosa e não arranjar lugar pra estacionar. Ficar ouvindo vouvercristina no volume máximo. É que sou antiquado e stevemcqueenico. Nas lombas da Zona Norte... Só não admito que misturem anarquistas com comunas. Anarquistas odeiam estados, odeiam empresas. Anarquistas odeiam até eles mesmos. Anarquistas não existem. Anarquistas não acreditam nem no que eles falam. Ainda bem. Beijos para todos, um enorme pra garota bela, um chute na bunda dos enrustidos políticos e um grande abraço para todos os comunas. Afinal, o mundo é lindo. Mas eu sou mais bonito. Marcelo Benvenutti, só porque Cortázar é melhor que Borges.

caos@cpovo.net

(226) Luka

ASSUNTO: FOTINHOS

Data: 25 de janeiro de 2000

Eu quero um Garoto que diga Não. E dos bons. Luka.

luka@barbarian.co.uk

PRÓXIMAS
ANTERIORES
TODAS
GERAL